quarta-feira, 17 de janeiro de 2024

Desvendar a Esfinge

Desvendar a Esfinge: Uma Jornada de Reflexão nas Relações humanas


Na mitologia, a Esfinge era conhecida por devorar aqueles incapazes de decifrar seus enigmas complexos. Uma metáfora intrigante que podemos transpor para as relações humanas contemporâneas, dando origem à reflexão sobre "Alimentar a Esfinge". Este conceito revela-se crucial ao analisarmos a dinâmica entre duas pessoas, transcendendo contextos familiares para abranger qualquer tipo de relação.

Em nossas relações, "Alimentar a Esfinge" torna-se inadvertidamente uma prática comum. Significa fortalecer as fraquezas e vícios do outro, como exemplo podemos citar a dinâmica familiar entre pais e filhos, marido e mulher, ou até nas relações de amizade e trabalho. Ao invés de estimular mudanças positivas, muitas vezes contribuímos para uma espiral descendente, enfatizando a inevitabilidade das fraquezas.

O ato de alimentar a esfinge implica em reconhecer e amplificar as fraquezas do outro, tornando-as mais proeminentes do que oportunidades de crescimento. É uma armadilha sutil que requer discernimento para ser evitada.

Em contraste, incentivar a mudança positiva nas relações envolve estimular a força interior, oferecendo apoio e encorajamento diante das adversidades. Uma abordagem que transcende a crítica para se concentrar na construção.

Cada um de nós enfrenta sua própria esfinge interna. Decifrar esse enigma requer coragem para enfrentar e superar as próprias fraquezas. É uma jornada de autodescoberta e crescimento, essencial para o desenvolvimento pessoal.

Ao desvendar a esfinge interior em nossas relações, somos desafiados a repensar como interagimos. Em vez de alimentar as fraquezas do outro, cultivemos ambientes que promovam crescimento e mudança. Decifrar a esfinge é mais do que uma tarefa; é um chamado à transformação, um convite a romper com padrões autodestrutivos e buscar um caminho de autodescoberta e evolução.


Por Carla Regina Campos

Psicanalista

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