Um estudo da conceituada Revista Molecular Psychiatry sugeriu, levando em consideração os mais recentes estudos na área da epigenética e neurociência, que o menor nível socioeconômico pode contribuir para a função cerebral alterada e risco futuro de depressão.
Essa é uma notícia que pode ser de grande contribuição para a ciência pensar em novos métodos de tratamento e cuidados.
No entanto, se o nível socioeconômico pode ser propulsor para uma futura causa de depressão e outros quadros psicopatológicos, isso não significa que o sujeito precisa ser refém de suas circunstâncias. Contrariando a toda sorte de adversidades sociais, econômicas e morais, ainda assim é possível fazer escolhas melhores e ser mais dono da própria vida e menos refém das circunstâncias.
Esse estudo vai em direção ao pensamento de Jean-Jaques Rousseau, filósofo iluminista suíço que disse: A natureza humana é boa. Logo, é o meio em que o homem está inserido que definiria quais as suas possibilidades. Ou seja, ele seria o produto do meio. Seria a sociedade então que o corromperia.
Já para Freud, o homem é resultado de suas experiências infantis com a junção do Id e do controle das decisões feitas pelo superego, na medida em que o caráter infantil iria moldando a formação da personalidade na idade adulta.
As neuroses seriam então, o resultado do recalcamento criado por poderosas forças contrárias emocionais.
Sendo de natureza biológica, socioeconômica ou das experiências infantis, fato é que é possível escolher não se manter eternamente vítima das circunstâncias. E uma análise pode ajudar o sujeito a se responsabilizar por seus desejos e sua vida.
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