A história de A Bela e a Fera, lançada em 1991 pela Disney, pode ser vista sob uma perspectiva psicanalítica fascinante. Através dos personagens e dos conflitos da trama, podemos observar diversas teorias e conceitos psicanalíticos em ação.
Por exemplo, a Fera pode ser vista como uma representação do inconsciente do personagem, uma vez que ele é selvagem e agressivo, e possui uma face oculta que precisa ser descoberta. A Bela, por sua vez, pode ser vista como a parte racional e consciente do personagem, que precisa penetrar no mundo do inconsciente para resgatar a verdadeira natureza da Fera.
Além disso, a relação entre a Bela e a Fera também pode ser interpretada sob a ótica da teoria do complexo de Édipo. A Bela se apaixona pela Fera, mesmo ele sendo um monstro, e passa a buscar humanizar e transformar o seu comportamento, como se estivesse tentando "salvar" o seu pai ausente e carente de amor. Esse comportamento pode ser visto como uma tentativa de resolver a falta de figura paterna na vida da personagem, e encontrar uma forma de lidar com esse conflito interno.
Outro ponto interessante da história é a relação entre a Fera e o espelho mágico. O espelho pode ser visto como um símbolo do ego, que reflete a imagem que o indivíduo tem de si mesmo. A Fera, ao olhar no espelho, vê a si mesmo como um monstro, e precisa passar por uma jornada de autoconhecimento para perceber que, na verdade, ele é capaz de amar e ser amado.
Em suma, A Bela e a Fera é uma história rica em simbolismos e conceitos psicanalíticos, que nos permite refletir sobre a natureza humana e sobre os nossos conflitos internos. Através da história dos personagens, podemos compreender melhor os mecanismos da mente humana, e aprender a lidar com nossas emoções e comportamentos de forma mais consciente e saudável.
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